sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Meditações sobre a distância

O post a seguir é bastante pessoal.
Ainda estou em BH, volto no meio da semana que vem, apesar de não estar full time @ home estou sentindo uma saudade enorme de Chin Chu, principalmente por que não tem muita gente da minha faixa etária pra trocar idéia por perto, além do mais o meu jeito fechado não me ajuda muito a fazer amizades - isso aliado ao meu desinteresse por conhecer outras pessoas completa meu quadro desastroso de entrosamento no mundo.
Compensando a falta de conversa chega a comilança compulsiva, que fica ainda mais compulsiva na casa da minha avó.
Pensando por todos os lados ou perspectivas, ficar aqui ou em casa não tem muita diferença, tirando que lá tenho Internet - mas é uma coisa gritante, ao passo que mantenho contato com pessoas muito importantes pelo PC. Me irrita um pouco também o fato da casa estar constantemente cheia e a preocupação constante da minha avó sobre as refeições do dia. Não há lugar como o lar, e mesmo vindo pra cá no próximo ano, acho que a casa da minha avó não vai se tornar meu lar de forma fácil.
Falar sobre a saudade - sintoma causado pela distância - é uma coisa que tenho feito desde criança. Meu pai morava em SP e depois se mudou pra mais longe ainda, fazendo com que uma barreira de mil e quinhentos quilômetros se colocasse entre nós. Isso deteriorou a relação. Como será que é ter um filho que você não sabe nada a respeito? Que se passasse ao seu lado na rua não seria reconhecido por você?
É muito ruim sentir saudade. É difícil amar uma pessoa que mora em outro estado, acordar de manhã e ter certeza de que não vai vê-la durante o dia, nem no dia seguinte, nem depois. E apesar de tudo isso, amá-la de forma paciente, esperançosa. Aprendi a conviver com a saudade, porque um dia descobri, ainda criança, que ela nada mais é a vontade de estar com uma pessoa que não está ali no momento.
Um dia Chin Chu me disse que não estaríamos juntos na presença, mas em pensamento e dentro do coração. Acredito que a distância seja uma barreira transponível, e a saudade inevitável. Mas a minha vontade e o que eu sinto me mantém firme pra continuar.

Um comentário:

oiq disse...

estou sem palavras, tá amor?
sei que te amo, só ok?


AMO! (L)